Seria caso para dizer que funcionou o factor casa se esta não fosse uma casa emprestada.
Estando longe de ser a primeira vez que ali nos exibíamos foi aquela em que nos sorriu o resultado mais positivo. Com alguma felicidade, adiante-se já, mas, porque não dizê-lo, com algum mérito, também.
A partida decorreu, em boa parte, com a ajuda de luz artificial mas nem a menor visibilidade obstou a que se assistisse a um jogo agradável.
Em relação ao jogo anterior o míster teve (bem) menos por onde escolher mas o que é certo é que os que começaram mais os que foram entrando deram boa conta do recado.
As primeiras sensações até que não anunciavam grande coisa para os nossos lados. Os amigos de Tremez começaram melhor e foram criando (e desperdiçando) algumas ocasiões que poderiam ter dado outro caminho ao marcador.
Aos poucos fomos melhorando e as peças começaram a revelar melhor encaixe.
O jogo é com os amigos de Tremez e, ao contrário do que estava previsto, realiza-se no Campo do Outeiro da Fonte por indisponibilidade do Campo dos Unidos, de Casal dos Claros.
Vamos ser pontuais para que o início do jogo não sofra atrasos.
Desta vez a vitória sorriu-nos mas isso pesou pouco na hora de escolher o título para esta espécie de crónica.
Outros foram, de facto, os motivos que nos deixaram satisfeitos.
Matámos as saudades, que já eram algumas, de jogar entre portas, apresentámos soluções mais do que suficientes para aumentar os cabelos brancos do míster (e ainda vimos três cinquentenários apresentar baixa por excesso de caruncho), demos as boas vindas a três players que ainda não tinham calçado esta época (Beto, Hélder e Norberto) e, por fim, mas não menos importante, porque recebemos amigos de verdade, daqueles que já consideramos ser de casa.
O jogo foi equilibrado, como equilibrados foram todos os jogos que já disputámos com os nossos padrinhos nestas andanças.
O saldo de golos pendeu para o nosso lado mas em termos de empenho e entrega ao jogo seria difícil dar prémio a uns e esquecer os outros.
A diferença esteve no maior atino da nossa parte na hora de atirar à baliza pois oportunidades para fazer o mesmo não faltaram aos visitantes.
Como deu para fazer quase dois "onzes" a prestação de uns e outros acabou por ter igual recompensa.
Na primeira parte o Norberto assinalou o retorno ao serviço com um cabeceamento certeiro mas, perante um cruzamento daqueles, aí dele se desse descaminho à bola.
Na segunda, Marco, o outrora guarda redes, agora refinado ponta de lança, aprimorou-se nas medidas e adregou um chapéu de aba alta ao improvisado keeper visitante.
Aqui e ali ainda houve lugar para um ou outro desaguizado mas era o que faltava que alguma coisa pudesse por em causa tão sólida amizade.
A jornada concluiu-se à mesa, em ambiente de sã camaradagem.