Já tínhamos 11 centenários mas ainda não tínhamos uma equipa. Faltava um homem para guardar a baliza.
Problema resolvido. O Fernando chegou à marca dos três dígitos no passado dia 14, no encontro com os amigos dos Unidos, o que não deixa de ser um acaso feliz pois, durante algumas épocas, o nosso companheiro alinhou pela equipa de Casal dos Claros.
O Fernando entrou no grupo na 2.ª época e nos primeiros 4 anos foi sempre dos mais assíduos com 17, 16, 18 e 25 jogos respectivamente.
Nas últimas 2 épocas a sua participação diminuiu (7 e 10 jogos), afectado por alguns problemas físicos, mas está aí para as curvas e, na presente época, já vestiu por 8 vezes a camisola n.º 1.
Depois da foto de grupo chega agora a versão individual. Desta vez numa versão natural, com os nossos valorosos atletas em plena acção, em vez da foto com pose, como tem sido habitual.
Foi um começo atribulado. Era azul a mais e houve necessidade de recorrer a outras cores.
No chega, não chega, no veste, não veste, a bola começou a rolar mas do nosso lado os primeiros minutos foram mesmo de principiantes.
Dois golos, aos 8 e aos 11 minutos, ambos com largas (e repartidas) culpas no cartório, deram um avanço aos nossos amigos da Marinha Grande sem que estes tivessem que se esforçar muito.
Vestidos de (inéditos) tons de negro lá nos fomos recompondo ainda que pela frente estivesse uma equipa com muito traquejo e que pouco mudou ao longo do jogo.
Mesmo em cima do intervalo conseguimos reduzir. O golo já se justificava e não podia ter chegado em melhor altura.
Marcou o ...Marco, servido à maneira pelo Humberto.
Voltámos a comparecer em bom número mas, desta vez, o rol de disponíveis para calçar as botas ficou um pouco aquém do jogo anterior.
Curiosamente até iniciámos a partida com o onze mais "entrado" da temporada, com uma média um pouco acima dos 45 anos (!!!).
Contribuiram com as fatias maiores o Fernando (56), em dia de comemorar a 100.ª internacionalização, e o Armindo (57), cliente habitual no onze titular.
A entrada foi profícua como poucas. Aos sete minutos já tínhamos dois golos à maior.
Abriu o Humberto, de regresso à boa onda, e completou o Zé Luís. Mais golos podiam ter acontecido mas com o passar dos minutos o jogo tornou-se mais pausado e as forças equilibraram-se.
A segunda parte não foi muito diferente. Voltámos a marcar dois golos e a desperdiçar mais alguns.
O primeiro golo foi de paternidade complicada. Por determinação superior credita-se ao Marco. Até parecia mal escrever duas vezes o nome do Zé Luís no registo de marcadores.
Fechou o Humberto, mas há que dizer que o nosso ponta ficou com umas contas pendentes com a trave de ambas as balizas.
Perto do final os amigos dos Unidos marcaram o ponto de honra e assim é que está bem!
Quanto ao resto nada de novo. Mas o nada aqui é muito.
Quer dizer que tudo correu como tinha que correr. E assim sendo lá se virou mais uma página de uma bela amizade entre os dois grupos.
Não podemos garantir que tenha sido inédito mas não pode passar sem registo. Todos, todos mesmo, compareceram. Vinte e sete, assim mesmo, por extenso, para que não restem dúvidas!
Tanto assim que até aproveitámos para fazer o boneco de família.
Trabalho redobrado para o míster, também ele de parabéns pela passagem do 100º jogo a escalar os craques cá da casa.
Começaram 11, como mandam as regras, e ainda sobraram 10 para ir entrando.
Em termos desportivos a tarde também correu de feição.
Do outro lado do campo amigos a estrear mas ninguém perdeu muito tempo a estudar o adversário porque cedo começaram as hostilidades junto de ambas as balizas.
Faltou pontaria e sobrou mérito ao Tiago para que a nossa baliza chegasse ao intervalo sem rombos.
Mais eficazes (também já era altura!!!) estivemos nós, conseguindo dois golos de avanço. Humberto, num remate à entrada da área e Leandro isolado, e em jogo, como uma das fotos documenta, colocaram fim a três jogos de jejum absoluto.
Equipa renovada para a segunda parte mas sem quebra de rendimento.
Pouco depois dos 20 minutos o Filipe saiu lá de trás embalado e só parou depois de fazer um chapéu de se lhe tirar o respetivo. Golo de bandeira, sem tirar nem pôr.
Quase de seguida mais dois golos (Humberto, de novo, e V. Hugo) deram ao marcador uma expressão a que não estamos habituados.
Ainda chegámos à meia dúzia, pelo Zé Luís, e assim ficou porque os amigos de Alcanadas desperdiçaram a cobrança de um penalty, mesmo a terminar.
Desnível no resultado mas empate na entrega e no respeito pelo outro.
Foi mais uma jornada de sã camaradagem. No campo e pela noite fora.
Curioso como chegamos ao campo sem nunca nos termos visto e nos despedimos como se há muito nos conhecessemos.