A mentalidade do "não é preciso ir a horas porque há quem vá por mim" está a tirar brilho a uma temporada que arrancou promissora, com muitas presenças aos jogos (e a horas!) mas que ameaça terminar sem que dela nos possamos orgulhar.
Foi o terceiro jogo consecutivo a contar espingardas. Por acaso, e só pode ser mesmo por mero acaso, lá se arranjaram 11 para começar. Desta vez nem GR encartado havia. Avançou o Marco que era o que menos estranharia a função.
Fosse por isso ou por mérito dos nossos amigos do 22 de Junho, o início do jogo trouxe logo maus presságios com duas oportunidades claras de finalização a serem desperdiçadas pelos nossos anfitriões.
Escapámos ilesos às primeiras investidas mas também deu para ver que não era dia de grande acerto da nossa parte. A equipa que tão boa conta de si dera nos últimos jogos teimava em não se encontrar.
Chegou o golo, iam decorridos 23 minutos. Na nossa baliza, como mandava a lógica do jogo.
Dois minutos depois estivemos perto de empatar mas a bola rematada pelo J. Alexandre embateu, com estrondo, na barra.
Voltou o treinador "oficial" mas manteve-se o critério da semana anterior. Começaram os primeiros 11 a chegar.
A diferença aqui, é que os primeiros 11 eram ... os únicos 11! Ok, eram 12, mas dois eram para a baliza.
Se no Sábado passado tudo parecia dar certo em termos de arrumação das peças no tabuleiro, desta vez era preciso mexer com pinças.
Faltavam centrais, sobravam alas, escasseavam opções para o "miolo", ...
Começámos com uma defesa inédita, com um ex-ponta de lança, recém lateral, puxado (em boa hora) para o centro da defesa e um lateral esquerdo habituado a terrenos mais adiantados. A colar as peças, uns metros mais recuado, a voz e a experiência de um jovem rapazinho de 50 e muitos.
Afinal, quando menos se esperava, "engatámos" uma jogatana de primeira água.
Terá ajudado, certamente, a brevidade com que chegámos ao primeiro golo. E que golo!
Gonçalo, descaído para a direita, rematou de fora da área e colocou a bola no canto superior do poste mais próximo.
Fim de semana de Páscoa a provocar algum desfalque em ambos os grupos mas nada que impedisse que os recursos presentes dessem boa conta do recado.
Uma das (nossas) ausências era a do mister. Deixou substituto e este não esteve com meias medidas. Começaram os 11 primeiros a chegar.
A coisa até parecia feita de propósito. Dava um jogador para cada posição sem que ninguém tivesse que ocupar um lugar desconhecido.
Mas, se no palpel dava tudo certo, dentro do campo o início foi tudo menos prometedor.
Alguma anarquia na ocupação dos espaços e muitas bocas, pretensamente, de incentivo, deram ao jogo uma toada pouco recomendável, mais própria de um arraial.
O golo, perto dos 20 minutos, teve o condão de acalmar as hostes mesmo que não tivéssemos feito nada de especial para justificar essa benesse.
Empataram pouco depois os visitantes, numa excelente jogada individual, e temos que reconhecer que mereciam mais do que nós.
Na segunda parte tudo mudou. Passámos a mandar no meio campo e a bola começou a preferir as imediações da baliza dos amigos do Vimeiro.
A partir dos 15 minutos os golos passaram a ser uma coisa banal. Marcaram-se sete em pouco mais de vinte e cinco minutos. Nós acertámos em cinco ocasiões, responderam duas vezes os nossos convidados.
Não se pense porém que três golos de avanço seja margem confortável para enfrentar estes companheiros no que falta jogar depois do último apito do árbitro.
Chegados à terceira parte depressa viram o resultado a seu favor. E por números que nos envergonham.
Os homens são uns verdadeiros campeões na arte da animação.