Foi um daqueles dias que dão substância ao provérbio de Março. De manhã chuva e frio, tarde amena e de sol aberto.
No período que antecede o jogo começámos logo a ganhar. O Celso estava de volta, depois de quase 4 meses de afastamento forçado. Depois do que se viu, agorá é só tratar da "caixa" que o resto continua lá.
Depois os minutos foram passando e levámos goleada no item pontualidade.
O pessoal continua a encarar o começo do jogo como quem vai apanhar o autocarro. Cinco minutitos antes da hora, não vá o motorista carregar no acelerador.
Recomendo o modo "Ti Cruz", saudoso avô de uma pessoa que eu conheço, que ia para a paragem uma hora antes para não correr o risco de ver o dito cujo pelas costas.
Come, por tabela, o míster. Conta e reconta. Faz e refaz.
Vamos então ao jogo. Começaram melhor os visitantes, com maior presença no nosso meio campo e algumas situações prometedoras de golo. Respondíamos aqui e ali mas raramente estivemos perto de aspirar a qualquer coisa que se visse.
Nulo ao intervalo o que para nós se afigurava positivo pois a ter que haver avanço no marcador, seria, por uma questão de justiça, para os amigos do Pilado.
Chegou a soar o alarme. Por este motivo, por aquele e por aquele outro, o grupo de disponíveis para a deslocação aos amigos do Paradense ia minguando a cada hora que passava.
Valha a verdade que ninguém se esqueceu de prevenir e que os motivos alegados foram, sem excepção, mais do que justificados.
Arranjaram-se 11 para começar e mais 114 anos, a dividir por 2 (não em partes iguais, felizmente!!!) para reforçar o banco.
A escassez funcionou como doping porque todos se empenharam a nível elevado e ninguém quis saber daquelas lesões que sempre aparecem quando há fartura de recursos.
As dimensões do campo também vinham a calhar.
O jogo decorreu animado, sempre naquele registo de respeitar a bola e o "adversário", mas sem nota de grandes feitos junto das balizas, ainda que, com pontaria mais afinada, se pudesse ter saído dos zeros. E isto vale para os dois lados.
Pois é. Mais um ano, mais uma descida a sul para a tradicional visita aos amigos do Paradense, local onde tudo começou, já lá vão nove anos que passaram a correr.
O encontro está marcado para as 16:00, no recinto de Chão da Parada.
Recebemos os amigos do Vimeiro no campo do Outeiro da Fonte.
Quis o acaso que ali voltássemos passados apenas oito dias sobre o trágico acontecimento que, ali mesmo, vitimou o nosso colega Zé Augusto, dos veteranos das Chãs.
Não quisemos deixar passar a ocasião e tributámos-lhe, a título simbólico, um minuto de silêncio no início do jogo.
Jogo que pareceu condicionado desde logo pela acção do vento. Começaram com ele nas costas os nossos amigos do Vimeiro e, fosse por isso, por mérito dos visitantes, ou por azelhice nossa, os (nossos) primeiros minutos seriam mesmo para apagar caso houvesse registo em vídeo.
Não tardou o golo visitante mas nem isso serviu de despertador pois prolongámos a nossa apatia por mais alguns minutos.
Só podíamos melhorar. Aos poucos a coisa assentou e começámos a criar perigo junto da baliza adversária. Desperdiçámos mesmo, oportunidades mais que flagrantes.
O Humberto devia uma explicação mas a noite colocou-nos de olhos no écran. Agora que se explique o ... Bryan Ruiz ....