Alentejanos somos nós!
Cá por mim, a partir de hoje, vou passar a torcer o nariz quando me contarem anedotas de alentejanos.
Tidos por pachorrentos, mais dados à sesta do que ao esforço físico, depois do que se viu no sábado, ali para os lados da Boavista, é justo perguntar de que lado estavam os alentejanos.
Se eram os rapazes vestidos de branco, só podiam ser alentejanos falsos. Alentejanos, daqueles das anedotas, então só podiam ser os anjinhos vestidos de azul.
Quem por lá tivesse passado durante a 1.ª parte ainda poderia ter algumas dúvidas. Oportunidades para ambas equipas, bola numa área, bola na outra, pormenores de qualidade aproveitando a excelência do tapete. Das muitas ocasiões, o único desenlace feliz acabou por ser (também) o mais improvável. Quando um esquerdino marca de pé direito está tudo dito ...
Nos primeiros minutos da 2.ª parte ainda segurámos a máscara por uns momentos. Serginho, reforço de última hora, recordou velhos hábitos, empatando o jogo ao bater um livre com a mestria que se lhe reconhece.
O pior estava para chegar ... e não tardou. Dois minutos depois do empate, empate desfeito. O nosso GR (espero que não tenha internet) não admnistrou convenientemente o seu quintal e permitiu (permitimos todos) que um alentejano dos falsos saltasse mais alto que todos e ... já lá mora.
A partir daí ... apetecia-me dizer, como da outra vez, que se me acabou a tinta. Pronto, ainda se arranjam por aqui uns pingos. Para dizer o quê? Que fizemos fraca figura, pois então.
Um valente apagão varreu a equipa, estando por esclarecer se o estrondo começou nas pernas e se propagou para a mente (quem diria que uma equipa de velhos também pode sofrer da psico) ou se foi o avolumar do marcador que levou ao bloqueio físico.
Do outro lado, era vê-los correr cada vez mais. Alentejanos, o tanas.
Valeu que a cebola do árbitro, sensível aos nossos lamentos, se enganou nas contas, aliviando-nos de uma tareia ainda maior.
Para a terceira parte estreámos novo poiso. Hélder, um dos nossos, foi um anfitrião à altura recebendo-nos à maneira. Belo repasto, rematado com as palavras da praxe. Elogios recíprocos (a qualidade futebolística não é para aqui chamada) e votos de futuros reencontros.
Sábado, 8 de Maio de 2010
Campo da Boavista
Árbitros: Nélson, Tiago e João Novo (Vitinha)
ADR BARREIROS - 1 X ALCÁCER DO SAL VETERANOS - 5 (0-1 int.)
ADRB - Fernando; Cláudio, Horácio, Paulo Alves e Rui Góis; Cesário, Jaime, Vítor Hugo e Armindo; J. Alexandre e Norberto
Sup. Utiliz. - Vitinha, João Novo, Claudino e Sérgio
Treinador - Zé Luís
Delegado - Carlitos
Golo - Sérgio (1-1)