"Mouchísimo" ... Fátima
Sem a benção da Senhora da Cova da Iria
A 1.ª palavra do título foi roubada a um jornal espanhol que a utilizou para classificar a banhada de que foi vítima o afamado special one.
Depois do que se viu ontem lá para os lados da Catalunha até que nem foi assim tão disparatado o que fizemos no sábado passado naquele tapete sem fim.
A julgar pela inusitada participação na janela aqui do lado a coisa deixou mossa. Ora, parece-me que temos que encarar a coisa sob duas perspectivas.
Se a preocupação é com a prestação desportiva o melhor é mandar o presidente para o Brasil e trazer um avião cheio de "caras" bons de bola. Os que temos são todos bons rapazes mas começam a faltar pernas aos que sabiam da poda e, aos que ainda deviam ter pernas, falta ... saber da poda.
Ora, no sábado, aconteceu simplesmente um erro de casting. Mal avisado, o presidente convidou quem não devia. Os rapazes jogam mesmo muito e mereciam um adversário mais à sua medida.
Já a outro nível, e esse sim pode e deve ser melhorado, tem a ver com aspectos em que não há pernas (ou falta delas) que cheguem para arranjar desculpas. E aí só não melhora quem não quer.
Cá por mim prefiro mil vezes perder todos os jogos (nem que seja por cabazada) a hipotecar a imagem de um grupo que tem tudo para dar certo.
Voltando ao jogo, cedo se viu que a diferença de andamentos não augurava nada de bom para os nossos lados.
Logo aos 7 minutos, o defesa direito engatou a quinta, foi por ali abaixo (ou acima, para o caso tanto fazia, tal era a velocidade) e cruzou para um oportuno toque de cabeça.
Aos 14' demos um ar (um arzito) da nossa graça. Bruno, com 20 jogadores nas costas (!!!), chapelou o GR adversário e estreou-se (ilegalmente, para quem não tenha feito bem as contas) a marcar pela Velha Guarda.
Nada que atrapalhasse os nossos convidados que haveriam de marcar mais dois golos (34' e 39') antes do intervalo.
Praguejaram os que estavam de fora perante a passividade dos que andavam lá por dentro. Entrados aqueles, cedo se convenceram que afinal pouco havia a fazer (afinal, do mesmo mal padeceu ontem o special, bem escondidinho no toldo durante toda a 2.ª parte).
Aos 3' e aos 11' os números voltaram a engordar. Felizmente a cadência amainou e só houve novidades lá mais para a frente (aqui sim, com erro de palmatória).
Passe-se então à terceira parte. Seria a oportunidade para tentar equilibrar as coisas. Engano, dos grandes.
Então não é que o baile se prolongou mesas adentro. Senhores de vasto reportório musical e afins lá tivemos que nos levantar, já nem sei quantas vezes, para o brinde da praxe.
Um bem haja, pois, para os amigos de Fátima, pelo que jogaram e ... pelo que cantaram (e pela companhia, claro).
SÁBADO, 27 de Novembro de 2010 (15.30)
Campo Sintéctico de Porto de Mós
ADR BARREIROS - 1 X CV FÁTIMA - 7 (1-4 int.)
ADRB - Nélson; Claudino, Paulo Alves, Horácio e Armindo; Jorge Pires, V. Hugo, Hugo e Cesário; Bruno e Jaime Alexandre
Tb Jogaram - Fernando, Cláudio, Albertino, Norberto, Roleiro, Rui Góis e Zé Luís
Treinador - Vitinha
Escrivão - Jaime
Golo - Bruno